Caros visitantes, pretendo estabelecer uma linha de publicações no blog, de início ainda estou meio confuso a respeito do que falar, e por isso, as postagens estão sendo realizadas com diversos temas, treinamento de força de adultos ou crianças, obesidade, sedentarismo, corrida de rua, entre outros tipos de atividade física.

Mas com o tempo pretendo estabelecer publicações que de alguma forma estejam relacionadas, vai depender das pessoas que estão lendo também. E a forma que escrevo também vai evoluindo com o tempo.

Peço a paciência de todos para isso, e rumo ao sucesso.

CRIANÇAS OBESAS E ATIVIDADE FÍSICA

Dados recentes da Organização Mundial de Saúde (2011) mostram que a obesidade é uma doença de prevalência mundial sendo que, em 2010, cerca de 43 milhões de crianças menores de cinco anos de idade estavam acima de peso. Tal condição de sobrepeso parece perpetuar-se ao longo da vida. Serdula et al. (1993) encontraram que aproximadamente um terço de crianças pré-escolares obesas tornaram-se adultos obesos, e cerca de metade das crianças em idade escolar obesas continuaram nessa condição quando adultos. De acordo com Cavallini (2007) crianças que apresentam um maior percentual de gordura corporal, muitas vezes, buscam atividades que envolvam menor gasto calórico, isso leva a crer que, no futuro, elas podem tornar-se adultos sedentários.

Entre outras consequências nocivas do excesso de gordura corporal, Haywood (2010) destaca a limitação para o movimento: indivíduos com maior percentual de tecido adiposo tendem a acrescentar uma carga de trabalho adicional nas articulações durante as ações motoras, ou a limitar a amplitude de seu movimento. Assim, a condição de obesidade pode influenciar na adoção de um estilo de vida sedentário, pois ter limitações para o movimento poderia restringir a participação em atividades físicas, o que ocasionaria menor experimentação motora, prejudicando o desenvolvimento de habilidades motoras (CATENASSI et al., 2007). 

Esse é o trecho de um projeto em fase de desenvolvimento, que está sendo realizado na Universidade de Pernambuco (UPE), em 2012.

CATENASSI, F. Z.; MARQUES, I.; BASTOS, C. B.; BASSO, L.; RONQUE, E. R. V.; GERAGE, A. M. Relação entre índice de massa corporal e habilidade motora grossa em crianças de quatro a seis anos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Londrina, v. 13, n. 4, p. 227-230, jul./ago. 2007.

CAVALLINI, M. F.; WENDT, J. C.; RICE, D. Combating obesity in the beginning: incorporating wellness and exercise principles in teacher education programs. National Association for Sport and Physical Education, v. 78, n, 8, out. 2007.

HAYWOOD, K. M.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.

ORGANIZÁCION MUNDIAL DE LA SALUD: Obesidad y sobrepeso. Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/es/index.html>. Acesso em: 07 dez. 2011.

SERDULA, M. K.; IVERY, D.; COATES, R. J.; FREEDMAN, D. S.; WILLIAMSON, D. F.; BYERS, T. Do obese children become obese adults? A review of literature. Preventive Medicine, Atlanta, n. 22, p. 167-177, 1993.

VIAS METABÓLICAS NO TREINAMENTO DA CORRIDA DE RUA

Assim como a natação, o ciclismo e a caminhada, a corrida é uma modalidade que utiliza principalmente as vias metabólicas aeróbicas, para tal, requer utilização de oxigênio durante o treinamento.

Segundo Eleno Barela e Kokubun (2002) o sistema aeróbio atua durante períodos de baixa intensidade sendo este importante para o suporte aos outros dois sistemas de ressíntese de ATP nos períodos de recuperação, proporcionando o prolongamento de esforço. Durante a recuperação este sistema responsável pelo processo de estoque na creatina fosfato e pela remoção da utilização de produtos metabólicos do sistema anaeróbio lático, como o lactato com as proteínas contráteis reduzindo a produção de força muscular.

Em resumo, exercícios praticados em baixa intensidade são exercícios que geram resistência ao organismo, consequentemente, podem ser realizados em longa duração, assim como já foi dito, a corrida de rua prioriza a utilização de oxigênio, assim trata-se de um exercício aeróbio.

Tratando-se da corrida de rua podemos dizer que é um exercício aeróbio, porém, quando tratamos de outras modalidades do atletismo, como o salto em distância, ou a corrida de 100 metros, podemos dizer que outras vias estão sendo utilizadas, a via anaeróbia lática ou anaeróbia alática.

SEDENTARISMO X ATIVIDADE FÍSICA

O treinamento de corrida e caminhada de rua vem crescendo muito no litoral brasileiro. De norte a sul existem pessoas praticando esse esporte, seja ele de baixa intensidade e praticamente nenhum conhecimento científico, ou de moderada a alta intensidade com um imenso acompanhamento.

Por conta disso, inúmeros profissionais estão investindo na modalidade esportiva, construindo equipes de treinamento e unindo a corrida ao treinamento de força realizado nos calçadões de grandes capitais, como Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Isso traz um grande benefício para motivar a todos os incontáveis sedentários que existem no Brasil, pois se trata de uma prática de atividade física ao ar livre e que proporciona aos seus adeptos um momento de socialização satisfatória.

Com tudo isso, faz-se necessário um acompanhamento adequado por se tratar de uma atividade física e envolver a saúde da sociedade, então precisamos de profissionais qualificados na área que possam trabalhar desde indivíduos portadores de deficiência, idosos, crianças ou obesos. E assim, tornar uma simples caminhada realizada ontem, em um hábito saudável para hoje, amanhã e sempre.

KINESIO TAPE

Atualmente, muitos praticantes de atividade física buscam uma performance adequada para seus treinamentos, seja na musculação, na corrida, ou em qualquer outro esporte. Para isso, aderem a inúmeras atividades, que geram o desgaste físico e mental. Para sanar essa fadiga, criou-se um "modismo", que é a utilização de fitas coloridas que aderem ao corpo, em busca do relaxamento muscular, são as chamadas "Kinesio Tape".

OSeuPersonal, famoso blog, diz que: "São fitas coloridas que aderem à pele, supostamente melhorando a atividade muscular e a circulação, estabilizando articulações e aliviando dores. São vendidas nas cores rosa, azul, verde, vermelho, preto e bege. Elas estão na moda. Sabemos que todo cuidado é pouco com modismos."

Porém, não existem estudos que comprovem a real funcionalidade desse tipo de material, o fisioterapeuta do Corinthians afirmou que o uso da kinesio gera pontos positivos no desempenho dos atletas, ele afirma que há um ganho de estímulo e motivação dos atletas; mas o seu efeito é subjetivo, meramente psicológico.

Além disso, a colocação dessas fitas não pode ser em qualquer ponto muscular que haja dores ou cansaço, deve ser posta de forma que atinga a origem e a inserção do músculo que se quer atingir. E é necessário buscar profissionais da área de saúde habilitados a tal aplicação.

DÉBITO CARDÍACO E MARCAPASSO

Sístole, é a contração do músculo cardíaco, expulsando a maior quantidade de sangue possível. O volume sistólico é a quantidade de sangue que saiu do coração no momento da contração, esse é expresso em números, 20ml, por exemplo.

Ligado diretamente ao volume sistólico, há o Débito Cardíaco, que é o volume de sangue ejetado pelo coração em um minuto, é igual a frequência cardíaca multiplicada pelo volume sistólico.

E durante o estágio inicial do exercício físico o aumento do débito cardíaco é provocado pelo volume sistólico, pois neste momento há um aumento relativo do retorno venoso. Dessa forma, se o débito cardíaco não aumentar durante o exercício, ou você para ou morre.

Dessa forma, indivíduos que utilizam marcapasso, possuem uma regulação da Frequência Cardíaca (FC), pois a mesma não eleva-se, em consequência o débito cardíaco também não sobe. Isso pode influenciar o esforço do indivíduo, caso esse esteja realizando um exercício de alta intensidade, como iremos oxigenar todo o sistema muscular se o coração não bate um número de vezes suficiente para jogar o sangue levando o oxigênio ao músculo? Será necessário diminuir a intensidade do exercício?

Segue abaixo link com artigo relacionado ao assunto: http://www.relampa.org.br/detalhe_artigo.asp?id=325

Pequena discussão realizada entre os estudantes Luam Victor e Jakeliny Dias, e o Dr. Manoel Costa.

TREINANDO O CORAÇÃO

Para treinar o coração, o treino deve proporcionar uma sobrecarga cardiovascular suficiente capaz de estimular aumentos no volume sistólico de ejeção e no débito cardíaco.

O que é volume sistólico?

O que é débito cardíaco?

Estas adaptações melhoram o rendimento em atividades nas quais o metabolismo aeróbio é predominante. Assim, a frequência cardíaca (FC), tanto em repouso como durante o exercício, é profundamente  influenciada pelo estado de treinamento aeróbio.

Do mesmo modo, a FC durante o exercício de mesma intensidade absoluta é sistematicamente menor em indivíduos treinados. E o aumento da FC durante o exercício ocorre progressivamente pela menor estimulação parassimpática e maior estimulação simpática.

Como funciona o sistema nervoso simpático? E o parassimpático?